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Crítica: Perfeita é a Mãe



Hollywood está cada vez mais focando em suas histórias assuntos que atinjam um certo grupo específico (mulheres, negros, asiáticos, latinos, lgbts), fato esse que tem gerado muita polêmica na sétima arte. A chegada de Perfeita é a Mãe, comédia estrelada por Mila Kunis que chega aos cinemas nacionais nessa semana, traz uma desconstrução do estereótipo do que é ser mãe, esposa e uma boa profissional nos dias atuais.


Amy (Mila Kunis), uma mãe dedicada, uma profissão aplicada e uma esposa perfeita, mas o estresse que esse acumulo de função te proporcionava, a levou a surtar e encontrar no apoio de outras mães o incentivo para tentar mudar o ciclo natural das coisas que toda mulher como ela passa. Escrito e dirigido pela dupla, Jon Lucas e Scott Moore, os mesmos roteiristas da trilogia Se Beber não Case e também diretores da fraca comedia Finalmente 18, tentam realizar a mesma fórmula de sucesso de sua mais importante franquia, só que dessa vez focando em um trio feminino vivendo basicamente todas as situações mais estranhas e insanas que uma mãe poderia viver. Tanto que por diversas vezes o longa soa como uma versão “mãe” de Se Beber Não Case, não só a história como alguns diálogos também, porém por um outro lado parece que os diretos estão mais interessados em captar a atenção do público jovem do que propriamente do público alvo.


Podemos notar isso na maneira que a amizade de Amy e as outras duas mães surge. Se trocarmos o bar onde elas se conhecem pela primeira vez, por qualquer ambiente escolar, vamos ter praticamente uma versão “adulta” de um filme adolescente qualquer que se passe num colegial. Elas querem ir atrás de seus sonhos, seus ideais e encontrar um rumo melhor para suas vidas.


 Fora isso, o filme é bem didático e tem uma narrativa que já sabemos todo o andar do filme. O longa consegue arrancar boas gargalhadas do público mesmo que em determinados momentos algumas situações beirem o ridículo.


Alguns vão achar que a trilha sonora do longa mais pareça um videoclipe devido que as músicas entram uma na sequência da outra mas sendo sincero, o longa tem uma das trilhas mais pop dos últimos anos (Fifth Harmony, Demi Lovato, Icona Pop e entre outras). Sobre o elenco, as garotas tentam dar o seu máximo para entregar um atuação decente, mas é difícil quando o roteiro do longa não acaba ajudando.


As atrizes Mila kunis e Kristen Bell conseguem se sair bem, enquanto que as atrizes Kathryn Bell, Jada Pinkett Smith e Christina Applegate estão em uma atuação tão automática e em alguns momentos chega a dar a impressão de estarem sendo forçadas a serem engraçadas.


Por mais que tenha um tema diferente do que estamos acostumados a encontrar no cinema, Perfeita é a Mãe acaba repetindo a velha formula de filmes masculinos mas dessa vez tendo como protagonistas femininas. Apesar de o longa falar mais diretamente com um público, o resultado final é positivo e temos uma produção bem divertida.

Nota: 7.0/10

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