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Críticas

Crítica: Café Society


Woody Allen já foi um dos nomes mais importantes do cinema, seus longas eram aguardados com grande anseio, mas infelizmente o jogo acabou virando para o diretor. De uns anos para cá, lançando um filme por ano, Allen acabou perdendo a originalidade de seus roteiros em meio a historias repetidas e idênticas de seus filmes anteriores. Isso acontece em seu mais novo trabalho, Café Society, longa-metragem que chega ao Brasil no dia 25 de agosto.


O filme se passa nos anos 30, numa Hollywood efervescente, onde Bobby (Jesse Eisenberg) um ingênuo jovem de Nova Iorque busca crescimento profissional na terra do cinema, mas acaba mesmo, encontrando o amor, mas apesar de todo seu carinho com a amada Vonnie (Kristen Stewart), não consegue conquista-la, já que ela já tem outro e isso transforma completamente sua vida de Bobby.

O roteiro desenvolvido e escrito por Allen é totalmente previsível, onde suas subtramas acabam influenciando de uma forma negativa o desenvolver do arco dramático, o que acaba transformando-o em um longa-metragem totalmente dispensável e irregular. Talvez o que falte em Café Society é uma ausência de uma virada na trama que infelizmente não acontece, deixando aquela sensação de já termos assistido a um filme parecido, porém com locações diferentes. Allen acaba então apostando novamente em seus diálogos ácidos bem-humorados, para compensar a falta de criatividade do roteiro, mesmo que soe como uma espécie de déjà vu.

Se o roteiro acaba falhando, temos uma compensação pela parte estética do filme, que acerta em uma direção de arte incrível na reconstrução de uma época, figurinos que logo nos remetem aquele período e sem sombra de dúvidas a fotografia que além de ser quase que um quadro, acerta ao seu usada também como textura para o longa.

O elenco do filme está bem, os grandes destaques vão para as atuações de Jesse Eisenberg (A Rede Social e Batman vs Superman: A Origem da Justiça), que se sai muito bem no papel do rapaz ingênuo que no decorrer da história vai se transformando de uma maneira correta e orgânica, Steve Carrell (Foxcatcher) está vivendo uma de suas melhores fases em sua carreira, consegue encontrar o tom perfeito e sem ficar caricato para o seu personagem e até mesmo Kristen Stewart (A Saga Crepúsculo e Acima das Nuvens), que mesmo que em alguns momentos tenha uma interpretação abaixo do esperado, consegue se sair bem no filme.

Café Society é aquele tipo de filme que após seu término ele não ficara em sua memória, talvez por conta de sua história previsível e totalmente esquecível, mas mesmo assim ele irá divertir e encantar o público diante do charme da Hollywood dos anos 30.

Nota: 7,0/10

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