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Críticas

Crítica: A Lenda de Tarzan



Desde que o cinema existe, a lenda do homem que foi criado por macacos volta e meia surge nas telas para divertir plateias do mundo inteiro. Talvez a lembrança mais forte do personagem seja a animação de 1999 da Disney, Tarzan, que curiosamente foi a última animação da era de ouro dos estúdios e também a última aparição do personagem nos cinemas. Eis que agora a Warner resolveu apostar todas as suas fichas em seu mais novo blockbuster, A Lenda de Tarzan, filme que chega aos cinemas nacionais nesta quinta-feira. Porém diferente da animação, o que vemos aqui é uma sucessão de erros atrás de erros. 

 
Na década de 30, Tarzan (Alexander Skarsgård) está vivendo em Londres junto de sua esposa Jane (Margot Robbie), mas ao saber dos planos do Capitão Rom (Christoph Waltz) de explorar ilegalmente as riquezas da selva africana onde ele viveu boa parte de sua infância quando foi criado por uma família de gorilas, Tarzan volta como emissário do Parlamento Britânico para tentar deter esse que pode ser um grande golpe quanta a natureza local, mas ele não imagina que Rom está querendo “usá-lo” como parte de seu plano ainda maior de conquistar todo uma região africana. 

 
Uma dar armadilhas mais mortais desse filme é o seu roteiro, que não sabe desenvolver uma narrativa envolvente, deixando tudo muito previsível e maniqueísta na maneira escolhida de contar a história. Outros fatores que atrapalham é a construção dos personagens que em momento algum conseguem desenvolver uma empatia com o público. 

 
A direção de Yates continua sendo problemática, os erros repetidos na franquia de Harry Potter continuam nesse novo filme. As escolhas clichês acabam incomodando a maior parte do tempo e comprovam como foi dito, o seu roteiro tão previsível. 

 
O elenco do filme apesar de trazer grande nomes, é ao mesmo tempo um dos mais fracos desse ano. A começar por Alexander Skarsgård (da série da HBO, True Blood e do longa, O Doador de Memórias) que aqui interpreta o personagem principal, não consegue em momento algum convencer o público como o homem das selvas. Todos sabem que ele não é um dos atores mais carismáticos de Hollywood e sua química com Margot Robbie é uma das mais inexistentes do cinema. O restante do elenco está bem abaixo da média, inclusive os talentosos Samuel L. Jackson e Christopher Waltz, que surgem caricatos em tela. Já a atriz Margot Robbie parece ter assinado um contrato obrigando ela a fazer alguns personagens fracos para conseguir atuar em Esquadrão Suicida, a sua Jane é qualquer coisa menos a personagem clássica das histórias do Tarzan. 

 
A parte técnica também sofre de alguns problemas, seu CGI é um dos piores de 2016, a trilha sonora é aceitável e talvez o que realmente se salve nesse longa é sua fotografia e sua direção de arte que tentam reverter o saldo negativo do longa. 


A Lenda de Tarzan certamente vai figurar nas maiores bombas de 2016, por trazer uma história que poderia se arriscar porém devido a um roteiro e uma direção falha acaba entregando mais do mesmo. Se você realmente querem se divertir com a história do Tarzan, assim a animação clássica da Disney. 

Nota: 4.0/10

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