Animais assassinos sempre estiveram presente na história do cinema, isso
incluí o clássico Tubarão (1975) e até mesmo a farofa Anaconda (1997). Mas em
1999 fomos surpreendidos com um divertido e descompromissado Pânico no Lago.
A trama acompanha uma paleontóloga (Bridget Fonda), um xerife (Brendan
Gleeson), um oficial do departamento de caça e pesca (Bill Pulmann) e um
aventureiro fascinado por crocodilos (Oliver Platt) que unem forças para capturarem
um crocodilo gigante que está ameaçando os moradores de uma região dos lagos.
Um dos maiores atrativos desse filme não é o crocodilo devorador de humanos,
e sim os personagens, que são interpretados por velhos rostos conhecidos do
público. Por exemplo, a cientista vivida por Bridget Fonda irrita por ser o estereótipo
de alguém vindo da cidade grande, que só sabe reclamar dos mosquitos,
carrapatos e de como falta higiene em uma área florestal, temos também o mau
humorado xerife de Brendan Gleeson que acaba tendo uma ótima química com o
personagem do Oliver Platt. A personalidade de ambos parece que nunca vai bater
e isso acaba gerando as cenas mais engraçadas do longa.
A direção de Steve Miner (de Sexta-Feira 13: Parte 2) opta por não pesar
a mão na violência gráfica e no sangue, o que pode frustrar aqueles que
esperavam ataques de crocodilo e um banho de sangue. Podemos dizer que o longa
acaba tendo uma pegada bem mais leve e um tanto quanto ingênua, que acaba sendo
bom e ruim ao mesmo tempo. O lado positivo disso é Miner consegue combinar
muito bem o tom cômico e todas essas situações mirabolantes, mas pelo lado
negativo, o filme acaba sofrendo muito por não trazer nenhum momento de tensão
em tela.
Pânico no Lago mostra que mesmo filmes de animais assassinos estarem
perdendo um pouco da sua popularidade, consegue provar que quando querem eles
divertem bastante.
Nota: 7.0/10
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