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Crítica: Comportamento Suspeito


Suspense protagonizado pelos novatos James Marsden, Katie Holmes e Nick Stahl mostra que nem tudo foi perfeito nos anos 90


Quem acompanhou o cinema dos anos 90, certamente percebeu que muitas produções tinham como cenário o ensino médio. Isso aconteceu por o público jovem estava voltando a lotar as salas de cinema, as comédias românticas ficaram em evidência, assim como o terror ganhou representantes, como Pânico e Eu sei o que vocês fizeram no verão passado. Mas também fomos apreciados com obras pequenas, que marcaram aquela época, como a ficção de horror Prova Final e esse esquecível filme protagonizado por Katie Holmes e James Marsden, bem novinhos.


A trama acompanha Steve Clark, que após o suicídio do irmão, se muda com sua família para Cradle Bay e se matrícula na escola secundária local. Como qualquer colégio, há vários tipos de alunos que formam grupos específicos. Um destes grupos é composto de jovens perfeitos, mas Steve fica assombrado quando seu melhor amigo, que não fazia a linha certinho, da noite para o dia passa a fazer parte deste grupo, composto por pessoas especiais. Ao tentar elucidar o caso, se depara com um espantoso segredo.


Se a gente parar para analisar mais tecnicamente, vamos concordar que essa é uma trama um tanto quanto problemática, a começar por sua produção. O diretor David Nutter, teve todo o material picotado pelo estúdio, devido a uma insegurança e que não estava reagindo bem as exibições-testes (que por sinal, não eram extremamente negativas) e passaram a alterar o tempo todo o longa, cortando cenas, refilmando finais e por aí vai.


Para termos uma ideia, a versão planejada por Nutter contava com a duração de 119min, e a versão que o estúdio entregou para o público tem pouco mais de 1h20, ou seja, por mais que não fosse a grande obra cinematográfica, ela não teria tantos buracos quanto a versão que conhecemos. Grandes detalhes acabaram ficando de fora, como o relacionamento de Steve com seu falecido irmão, a arma que ele confisca de Gavin e até mesmo uma retrospectiva envolvendo o passado da cidade foi deixada de fora.


Todas essas brechas presente na edição final acabaram não só afetando diretamente na conclusão do filme, como empobrece ainda mais o material, que já não é grandes coisa. O que fica claro, que se o estúdio tivesse apostado na versão do diretor, certamente poderíamos ter um filme que seria atemporal, mas hoje, quando revisitamos a trama, podemos perceber como o filme envelheceu de uma maneira totalmente equivocada.


Comportamento Suspeito é a prova que nem sempre o slasher teen tem boas resultados. Um filme com potencial, desperdiçado pelo estúdio e o público esquecendo a trama assim que acaba.


Nota: 5.5/10

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