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Críticas

Crítica: Bloodshot


Vin Diesel é um ator que conseguiu construir sua carreira de uma maneira bastante específica. O mesmo aconteceu entre os anos 80 e 90 quando nomes como Nicolas Cage, Sylvester Stallone e Jean Claude Van-Dame realizaram o mesmo feito, quando vemos o nome Diesel em algum projeto (com exceção da comédia familiar Operação Babá) já sabemos mais ou menos como o filme será. E mesmo, que isso acabe estragando um pouco da parte da experiência, às vezes alguns projetos podem acabar nos surpreendendo, mesmo que seja um amontoado de clichês que já encontramos outras vezes nos longas de Diesel. Bloodshot é mais ou menos isso.


A trama segue Ray Garrison (Diesel), um soldado de elite que foi morto por um terrorista, mas é trazido de volta à vida por uma tecnologia avançada que lhe deixa com superforça e dá a capacidade de se regenerar rapidamente. Com suas novas habilidades, ele decide se vingar do homem que matou sua esposa, mas com o tempo ele descobre que as coisas não são exatamente como ele imaginava. Agora Garrison precisa descobrir se existe alguém em quem ele pode confiar, incluindo ele próprio.


O enredo do filme, que acaba fazendo parte dos quadrinhos da editora Valiant, consegue soar bastante atrativo até certo momento. Porém quando vamos conhecendo e entendendo toda a historia da conspiração contra Ray(e isso acaba acontecendo logo no começo do filme), aos poucos vamos perdendo o interesse na trama e tudo vai caminhando por uma trilha bastante clara e super previsível.


A direção do novato Dave Wilson sabe exatamente para qual caminho deve seguir o longa-metragem, o que acaba por vezes deixando a narrativa um pouco fluida e às vezes confusa.


A jornada que o personagem de Diesel atravessa é bastante semelhante a qualquer outro filme visto na carreira do ator (O Último Caçador de Bruxas, O Vingador e até mesmo na própria franquia de Velozes e Furiosos), porém aqui parece que o ator não está tão ligado no piloto automático e consegue se sair bem no que o papel lhe oferece. Ele é convincente nas cenas de ação, exagerado no drama e o humor dele é sempre duvidoso. Os demais do elenco conseguem se sair dentro do previsto, como Guy Pearce que dá vida ao vilão Dr. Emil Harting e a atriz Eiza González, que dá vida ao protótipo KT.


Bloodshot não é um começo muito promissor para um possível universo, até mesmo porque o longa-metragem acabou sendo prejudicado pela pandemia do Covid19. As cenas de ação empolgam, mas não é nada daquilo que não tenhamos visto em tantos outros filmes de ação, ou seja, Bloodshot é o tipo de filme que vale a pena ver quando queremos desopilar.


Nota: 6.0/10

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