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Crítica: O Menino que queria ser Rei


Com certeza se disséssemos para as pessoas que chega aos cinemas mais uma versão de Rei Arthur, a reação delas seria de “Meu Deus! De Novo”. Afinal ano após ano, temos algum filme sobre essa clássica lenda anglo-saxônica. Porém, podemos dizer que pela primeira vez em muitos anos, temos uma adaptação que acaba trazendo algo de diferente e que consegue se divertir e modificar alguns elementos dessa história. Esse é O Menino que queria ser Rei, uma versão mais voltada para o público infanto-juvenil e que de longe, se destaca como uma das melhores no cinema.


A trama segue o caminho que seguimos, mas de formas alternativas. Somos apresentados ao jovem Alex (Louis Ashbourne Serkis), que mora com a mãe (Denise Gough) e sobrevive à opressão e bullying no colégio ao lado de seu melhor amigo Bedders (Dean Chaumoo). Tudo muda quando ele descobre a espada Excallibur fincada em uma construção, liberando-a e logo atraindo seu poder. À medida em que figuras como o mago Merlin (Patrick Stewart e Angus Imrie em sua versão mais jovem) e os cavaleiros da Távola Redonda cruzam seu caminho, a sombria feiticeira Morgana (Rebecca Ferguson) cobiça o poder da espada para si mesma, iniciando uma cruzada para destruir Alex e seus amigos.


A direção de Joe Cornish é bastante eficiente e a fotografia de Bill Pope aproveita todo o cenário urbano e rural da Inglaterra, o que acaba rendendo ótimos quadros ao longo do filme. Cornish ainda é criativo por trazer imagens que desde a sua concepção acabam se tornando icônicas, como por exemplo: a Excalibur perfurando a mochila de Alex ou as sequencias que mostram os estudantes se preparando para a batalha usando armaduras e óculos 3D. Talvez o ponto negativo da trama fique por conta do uso de CGI em determinadas cenas que não são bem finalizadas, deixando o exercito de criaturas bastante inexpressiva e a vilã Morgana, em algo visto em episódios iniciais dos Power Rangers.


O elenco é realmente muito bom e todos acabam tendo o seu destaque em cena. Porém quem rouba os momentos para si é o jovem ator Louis Ashbourne Serkis, filho do ator Andy Serkis, que acaba mostrando que esse talento vem de berço. O trio formado por Tom Taylor, Dean Chaumoo e Rhianna Doris é super entrosado e cada um tem sua própria característica. Porém quem acaba tendo todo o alivio cômico do filme é o ator Angus Imrie, que com seu Merlin rouba a cena cada vez que entra em quadro. O elenco infantil é tão agradável e tão simpáticos, que nem a presença dos veteranos Patrick Stewart e Rebecca Ferguson causam impacto.


O Menino que queria ser Rei consegue trazer algo de diferente para a lenda do Rei Arthur no cinema: Leveza, Diversão e um entretenimento de primeira. Um filme que consegue captar a atenção de quem tem 08 e 80 anos. Um filme perfeito para essas férias!


Nota: 9.5/10

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