O
cinema consegue seguir vários caminhos quando pretende-se contar uma história,
desde a clássica (com começo, meio e fim), a criativa que vem cheia de
contemplação e simbologias, porém não existe o certo e o errado, apenas a
maneira como o diretor vai conduzir a história.
Chegando aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, Um Pequeno Favor, novo filme do diretor Paul Feig (das comédias As Bem Armadas e A Espiã que sabia de Menos) consegue ir além da forma convencional ou criativa, e nos brinda com um suspense totalmente fora da curva.
Quando a “nova amiga” de Stephanie
(Anna Kendrick) pede para ela pegar seu filho na escolha e misteriosamente
desaparece, Stephanie então, vai tentar desvendar esse mistério e para isso
contará com a ajuda de Sean (Henry Golding) o marido de sua “amiga” Emily
(Blake Lively), mas os segredos por detrás dessa história são muito maiores do
que eles esperam.
O roteiro de Jessica Sharzer (a mesma responsável pelo sucesso Nerve: Um Jogo sem Regras) é bastante
engenhoso a se empenhar na tentativa de descontruir toda a sua ideia
pré-concebida dos fatos e acaba sendo eficiente na construção dos seus
personagens, já que eles nunca são o que aparentam ser.
Com um roteiro rico, Paul Feig só aproveita o seu ótimo elenco para
formar esse jogo de xadrez com a plateia, onde a cada momento pistas falsas são
soltas em tela e somando a isso, o humor ácido, o cinismo e a ironia a favor de
sua narrativa.
Anna Kendrick (A Escolha Perfeita)
e Blake Lively (Águas Rasas) estão
simplesmente perfeitas em seus respectivos papeis, porém Kendrick consegue se
sair muito melhor, pois sua Stephanie é completamente fora da caixinha, talvez
tenhamos aqui a sua melhor atuação na carreira.
Tudo na parte técnica também é perfeito, desde os cenários deslumbrantes
e bem iluminado, passando pelos figurinos até chegar a fotografia, que deixa
aquela sensação que existe muita “sujeira” por debaixo do tapete.
Vocês podem até achar que o filme tem um tom de dramalhão mexicano, mas
convenhamos quem não gosta.
Um Pequeno Favor é um suspense
brilhante e divertido, principalmente pela maneira ácida que o diretor apresenta
a classe media americana. Com diálogos afiados e reviravoltas, esse é o tipo de
filme que quando acabar você vai estar se perguntando o que aconteceu.
Nota: 9.5/10
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