Todos nós sabemos que comédias românticas ou romances tem uma tendência
de sempre irem para o mesmo lugar, mas isso não quer dizer que o filme possa ser
ruim, afinal o público desse gênero busca exatamente isso: o mesmo enredo. Em
Talvez uma História de Amor, primeiro filme do diretor Rodrigo Bernardo,
consegue nos apresentar uma história original, porém que concentra todos
aqueles velhos clichês do gênero.
O longa retrata um recorte da vida de Virgílio
(Mateus Solano), que ao chegar em casa, depois de um comum e rotineiro dia de
trabalho, liga sua secretária eletrônica e ouve um recado perturbador. É a
mensagem de Clara (Thaila Ayala), informando o término do relacionamento dos
dois, o curioso é que Virgílio não faz a menor ideia de quem é Clara. Por ser
um cara todo metódico, ele não se lembra de ter se relacionado com ninguém com
esse nome, mas todos ao seu redor perguntam sobre como ele está se sentindo
sobre o fim do relacionamento, então Virgilio resolve descobrir, quem essa
mulher “misteriosa”.
O roteiro que foi livremente inspirado em um livro do autor Martin Page,
usa os diversos clichês do gênero para poder “brincar” com as expectativas do
público e assim nos apresentar uma história de amor bastante humorada, sem ter
que cair no modo pastelão, que permeia basicamente todas as comedias e romances
brasileiros. Bernardo acaba optando se inspirar em obras de Hollywood para
compor a sua produção.
O grande diferencial está em seu arco dramático, já que aqui não vemos
um casal em cena em quase nenhum minuto do filme. O longa parece mais um
monologo de Mateus Solano, que por sinal está muito bem no papel de Virgilio,
em sua busca para tentar descobrir quem é essa mulher misteriosa.
Como já citado acima, Mateus Solana rouba o filme para si, seu
personagem é rico, com ótimas camadas sobre transtornos, tiques e
comportamentos metódicos. Apesar de apresentar um tema delicado, Bernardo
consegue colocar tudo de uma forma bem mais leve.
Talvez uma história de Amor consegue ser levemente original, sem deixar
é claro todos aqueles velhos clichês que os românticos esperam encontrar em um
filme do gênero.
Nota: 8.0/10
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