Fazia
um bom tempo que eu não me sentia tão encurralado e aflito dentro de uma sala
de cinema, talvez o último filme que tenha me causado isso foi A Bruxa em 2015. É comum todos os anos
assistirmos diversas produções de terror dentro de uma sala de cinema (ou em
casa, mesmo), porém todas elas sempre acabam indo para o mesmo lugar: a mesmice
de todos os filmes de terror. Porém com Um
Lugar Silencioso, encontramos todos esses velhos clichês, porém imaginem
ele sendo concebido com uma tensão frenética e eficiente em seu público.
Com uma premissa bastante intrigante e da qual não se pode falar muito,
John Krasinski, que além de assinar a direção do longa-metragem, também estrela
como o pai de família que precisa superar todos os traumas do passado, ao mesmo
tempo que precisa ensinar a seus filhos Marcus e Regan a vivem em completo silêncio
e assim poderem sobreviver um dia a mais. Se isso não fosse o suficiente, sua
esposa Evelyn (Emily Blunt) está grávida. Mas como dar à luz em um mundo onde
não pode haver nenhum ruído? Essa e algumas outras perguntas são levantadas
durante a projeção.
Um Lugar Silencioso possuí tantas
qualidades e tudo feito no maior cuidado para não cair na mesmice do gênero. Desde
o cuidado primoroso com o design de som até mesmo a trilha sonora pontual, que
aparece em momentos certos, principalmente em um filme onde não existem muitos diálogos.
O som e as cores são capazes de provocar tensão e manter a respiração presa
durante toda a projeção.
Com um elenco enxuto, quem rouba a cena é a atriz Emily Blunt, que aqui
nos entrega a sua melhor atuação em anos. Todos têm seu momento e isso foi muito bem construído graças
ao roteiro bem amarrado, que certamente me deixou curioso para saber a
quantidade de páginas que de fato foi a tela.
Um Lugar Silencioso é daqueles filmes que
quanto menos você souber, mais impressionado você ficará. Vá assistir, prenda a
respiração e fique em silêncio por 1h30, e garanto a vocês que será a experiência
mais assustadora que terão em 2018.
Nota: 10/10
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