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Críticas

Crítica: A Maldição da Casa Winchester



Centrado com a famosa premissa de ser uma história baseada em fatos reais, A Maldição da Casa Winchester estreou hoje nos cinemas brasileiros e traz como protagonista dessa história a vencedora do Oscar Helen Mirren como sua protagonista. O longa ficou nas mãos dos irmãos Spierig, que no ano passado fracassaram ao tentar ressuscitar a franquia de Jogos Mortais. Porém dessa vez, os diretores conseguem acertar mais e com a ajuda de um elenco competente, nos entregam um filme que se divide entre o bom e o razoável.



O filme se passa no início do século XX e gira em torno da mansão onde morou Sarah Winchester (Helen Mirren) após o falecimento de seu marido William Wirt Winchester, fundador da marca de armas intitulada com seu sobrenome. Sarah acredita que a casa está assombrada por espíritos dos mortos pelos rifles Winchester e então desencadeia uma incessante construção, demolição e reconstrução de quartos para abrigar esses espíritos aflitos. Toda essa premissa se baseia nos fatos reais, incluindo também os padrões peculiares encontrados na casa como a repetição do número 13 em quantidade de velas nos candelabros, de ganchos nas estantes, pregos em madeiras, dentre outras coisas que são retratadas no longa.


A trama segue o Dr. Eric Price (Jason Clarke) que é contratado por um sócio da companhia Winchester para averiguar o estado psicológico de Sarah, atestando assim se ela estaria apta a manter parte do comando da empresa. Ao chegar no local Eric é recebido pela sobrinha de Sarah, Marion Marriot (Sarah Snook) e seu filho Henry (Finn Scicluna-O’Prey), e o médico que antes era cético sobre qualquer assunto sobrenatural, começa a presenciar fenômenos obscuros e questionar sua noção de realidade.


Assim que o longa inicia somos indicados a uma abordagem um tanto quanto sugestiva para provocar o medo em quem está assistindo. Uma cena de “possessão” onde o silêncio predomina e não existe nenhum momento para o susto, apenas o clima de tensão que reina a cena. Só que depois de alguns minutos, começam a surgir diversos momentos de jump scares que acabam transformando o filme em mais um entre tantos outros de terror. Mesmo assim, alguns conseguem ser uma grata surpresa, afinal eles brincam com a expectativa do público em saber sobre qual o momento certo para o susto.


As atuações de Helen MIrren e Jason Clarke estão muito boas e os roteiristas tiveram a preocupação em aprofundar até onde conseguem os personagens, o que acaba dando a eles uma consistência. Helen Mirren encara muito bem o papel de uma viúva cheia de segredos, enquanto que Jason Clarke é um médico atormentado pelos problemas trágicos amorosos do passado e acaba levando uma vida repleta de excessos, e apesar de tudo isso Clarke consegue atrair o carinho e a atenção dos espectadores.


A Maldição da Casa Winchester não é uma grande obra do gênero, mas possuí uma trama interessante e que acaba se tornando um divertido programa para quem quer levar bons sustos. Apesar de ter um ritmo mais devagar, a obra consegue ter um capricho em seus figurinos e cenários. Vale a pena reservar 1h40 para acompanhar essa trama.


Nota: 6.5/10

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