Crítica: O Touro Ferdinando

A nova animação da Fox Filmes, O Touro Ferdinando, é inspirado em um livro da década de 30, escrito pelo autor Munro Leaf e ilustrado por Robert Lawson, e que posteriormente no mesmo período seria adaptado em forma de curta-metragem pela Disney. Passado um longo período, a história desse sensível e apaixonante touro está de volta às telas do cinema a partir dessa semana.

A história do longa é sobre Ferdinando, um bezerro de um rancho na Espanha que não se interessa pelas mesmas coisas que os outros. Enquanto eles passam o dia batendo suas cabeças, brigando e sonhando com o futuro em que irão participar de grandes touradas, Ferdinando gosta de apenas de cheirar flores e é totalmente contra a violência. Ainda pequeno, os outros bezerros zombam dele e o chamam de covarde, e após passar pelo grande trauma de perder seu pai em uma tourada, ele consegue fugir e acaba sendo acolhido por uma garotinha e seu pai que o tratam com muito carinho como se fosse um membro da família.

O roteiro do longa é uma das grandes surpresas, pois ele consegue atrair tanto o público infantil quanto os adultos que estão as acompanhando, fazendo que o nível de humor funcione muito bem para as duas plateias. Além disso a equipe de dublagem brasileira está de parabéns, pois em momento algum as piadas soam como forçadas ou até mesmo repetitivas. Na parte do visual, a equipe do diretor brasileiro Carlos Saldanha está de parabéns, pois as cores são vibrantes e isso influencia em muito sobre o desenrolar da história do nosso personagem.

Carlos Saldanha soube muito bem como tratar as diferenças e como devemos abraçar quem somos de verdade, sem se importar com que os outros pensam e isso realmente é muito importante, principalmente nos dias de hoje onde estamos convivendo cada vez mais com as intolerâncias.

O Touro Ferdinando é de longe o concorrente mais forte para disputar o Oscar de animação com a Pixar, pois é um filme inocente, carismático e acima de tudo que nos traz uma bela lição de vida. Preparem-se para rir, se divertir e se emocionar nas salas de cinema.

Nota: 9.5/10