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Críticas

Crítica: Tinha que ser Ele


As comédias americanas a cada ano que passa parecem estarem cada vez mais preguiçosas ou até mesmo sem força de vontade de serem engraçadas. É mais ou menos essa sensação que temos ao assistir ao longa Tinha que ser Ele.


Ned (Bryan Cranston) reúne a família para visitar a filha Stephanie (Zoey Deutch) durante o feriado de Natal, além de rever a filha, será a oportunidade de conhecer o namorado dela, Laird (James Franco), um rapaz excêntrico, rico e cheio de hábitos incomuns, fato que acaba deixando Ned preocupado com essa união.


O roteiro desenvolvido pelo também diretor John Hamburg (o mesmo responsável pelas comédias Eu te amo, Cara e Quero Ficar com Polly) é repleto de falhas, tudo que encontramos ali é previsível demais e deixa a sensação que faltou uma criatividade na hora da elaboração. Algumas piadas simplesmente não funcionam fora dos Estados Unidos, além de criar um ambiente totalmente irreal, sobre um pai preocupado com o caráter do futuro genro, tudo isso acaba sendo muito artificial e afastando por completo o público da sua história. Fora tudo isso, o filme demorou muito para ter o seu lançamento aqui no Brasil e o clima natalino que está envolvido no longa acaba prejudicando ainda mais a conexão com o enredo.


Não tem como negar que existem uns que outros momentos engraçados, que podem tirar um riso, mas a maior parte das vezes eles surgem em situações de péssimo gosto, ou em cenas envolvendo tapas entre os personagens, escatologias, diálogos indecentes e assim por diante.


O que faz do filme não se tornar uma verdadeira bomba é alguns atores do elenco, como Bryan Cranston (de Breaking Bad e do inédito Power Rangers) e James Franco (127 Horas) que conseguem segurar o filme inteiro nas costas devido ao carisma que possuem em tela, mesmo que os personagens não tenham um desenvolvimento capaz de fazer com que o público se identifique com eles.


O elenco se mostra bastante afinado, com uma boa química, talvez tenha sido por isso o motivo que Hamburg deu total liberdade deles improvisarem diversos momentos durante as filmagens, ou seja, as gravações devem ter sido mais engraçadas que o longa-metragem inteiro.


Tinha que ser Ele é aquele tipo de comédia que você vai esquecer no momento em que sair da sala de cinema, devido aos seus diversos momentos sem graça e também por sua história nada atrativa.
Nota: 3.0/10

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