Desde que as adaptações literárias viraram febre em Hollywood, volta e meia elas precisam acabar. Foi assim com Harry Potter, O Hobbit, Jogos Vorazes, O Senhor dos Aneis, A Saga Crepúsculo e agora quem está chegando para se despedir é a franquia Divergente. O terceiro longa que marco o inicio do fim, chegou aos cinemas nacionais na última quinta-feira, dia 10.
Após a mensagem de Edith Prior ser revelada, Tris (Shailene Woodley), Quatro (Theo James), Caleb (Ansel Elgort), Peter (Miles Teller), Christina (Zoë Kravitz) e Tori (Maggie Q) deixam Chicago para descobrir o que há além da cerca. Ao chegarem lá, eles descobrem a existência de uma nova sociedade.
Nem sempre essas franquias conseguem manter um mesmo diretor para todos os seus filmes, aqui tivemos a troca de Neil Burger no segundo filme pelo diretor Robert Schwentke, responsável pelo fracasso R.IP. Agentes do Além e também pelo romântico Te Amarei para Sempre. Diferente do que aconteceu no segundo filme, Robert parece que finalmente se sentiu mais a vontade nessa terceira parte e fez questão de consertar todos os erros de direção que ele cometeu no segundo filme. As cenas de ação estão mais envolventes e a trama consegue manter a atenção do público. Existem alguns erros ainda mas nada que comprometa tanto a trama como aconteceu no filme anterior.
Talvez o maior erro desse terceiro filme é que ele em momento algum, para quem leu os livros, seja uma adaptação da obra de Veronica Roth. Os roteiristas Noah Oppenheim, Adam Cooper e Bill Collage pegaram apenas as características e as ideias de Roth e inseriram em um novo filme, transformando assim Convergente, em um filme baseado na obra de Veronica Roth. Isso pode acabar decepcionando e muito os fãs que esperavam pelo menos um final digno para o longa, porém ele está caminhando para o rumo contrário. Um dos momentos mais aguardados pelos fãs pode ser que nem venha a acontecer na adaptação para o cinema mas isso podemos deixar para saber só na última parte do filme, que chega aos cinemas no ano que vem.
Um fato curioso é que nos dois primeiros filmes a equipe técnica caprichou nos efeitos e nos entregou ótimas cenas envolvendo-os, só que aqui, a situação é totalmente ao contrário. Os efeitos em diversos momentos são sofríveis, pela falta de cuidado, que a equipe teve. Há um momento que fica claro, que o ator Miles Teller não estava presente em cena e tiveram que grava-lo depois. Mas nem tudo está perdido, há cenas que os efeitos realmente funcionam e graças a deus, eles não resolveram converter o longa para o 3D.
Sobre o elenco do último filme, não temos muitas novidades, a não ser a adição de Jeff Daniels, como o mais novo vilão. Shailene Woodley e Theo James continuam tendo pouca química em cena, como os protagonistas Tris e Quatro. A atriz que já nos entregou ótimos performances, como em A Culpa é das Estrelas e Os Descendentes, parece que a cada filme que passa, ela está mais sofrível. Theo James, vem na carona de ser o mais novo galã porém falha em diversos momentos, já que seu Quatro é totalmente apático e sem graça. Ansel Elgort, Miles Teller e a atriz Zöe Kravitz é que conseguem por diversas vezes roubar o filme para si. Ansel consegue quebrar a todos com seu jeito meigo, charmoso e sofisticado, enquanto que Miles consegue despertar raiva na plateia como o interesseiro Peter. A filha de Lenny Kravitz, consegue por diversas vezes ser mais interessante que a própria protagonista. No elenco adulto, saí Kate Winslet e continua Naomi Watts e Octavia Spencer. Sinceramente, nunca vi ambas atrizes em papeis tão fracos ou sem motivação como as líderes Johanna e Evelyn. A personagem de Watts é de longe a mais fraca em toda a sua carreira e desperta a pergunta: O Que levou a atriz a fazer esse papel. Enquanto que Octavia está no piloto automático, nem parecendo aquela atriz fantástica que conquistou a todos em Histórias Cruzadas.
Sobre a entrada de Jeff Daniels, no longa, podemos dizer que foi OK, sem alarde e em um papel que qualquer outro ator poderia fazer. O vilão dele é um tanto quanto caricato mas que consegue despertar aquela pontinha pequena de raiva.
Talvez o maior erro de A Série Divergente nos cinemas é tentar pegar a carona de Jogos Vorazes e nos entregar um filme totalmente raso e esquecível. Em Convergente fica claro que até mesmo os produtores desistiram de salvar o filme e resolveram chutar o balde. Em um longa onde quase 90% do seu material é modificado, fica claro, que há algo errado. Não sabemos ao certo que esperar da última parte do filme mas podemos dizer que ela não será lembrada daqui a uns anos. Agora se querem se divertir em um filme de ação, livre de ser uma adaptação, quem sabe vocês não curtam A Série Divergente: Convergente.
Nota: 6.0/10
Desfruto muito deste gênero de filmes, sempre me chamam a atenção pela historia. Ansel Elgort e me ator favorito. Ele sempre surpreende com os seus papeis, pois se mete de cabeça nas suas atuações e contagia profundamente a todos com as suas emoções. Adoro porque sua atuação não é forçada em absoluto. Seguramente o êxito de filmes com Ansel Elgort deve-se a suas expressões faciais, movimentos, a maneira como chora, ri, ama, tudo parece puramente genuíno. Sempre achei o seu trabalho excepcional, sempre demonstrou por que é considerado um grande ator. Gosto muito do ator e a sua atuação é majestosa.
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