Para quem não sabe Max Steel é um dos produtos da Mattel
mais conhecidos aqui no Brasil, começando apenas como um boneco e logo depois
ganhando desenhos animados, uma série para televisão e até mesmo alguns filmes
em animação no início dos anos 2000. Assim como diversas animações ganharam um
filme live action próprio, Max Steel acabou tendo o seu também.
Na história Max
(Ben Winchell) é um adolescente de 16 anos, que está vivendo grandes mudanças
em seu organismo, como qualquer outro garoto de sua idade, no entanto ele
começa a notar que essas transformações são muito maiores, já que estão lhe
trazendo poderes incríveis. Sem conseguir entender e mesmo lidar com eles, Max
começa a buscar respostas para suas mudanças físicas e acaba descobrindo
segredos sobre sua origem que irão mudar completamente sua vida.
Não sei se foi por acaso ou não, mas o roteiro aqui é assinado por Christopher
Yost, um "especialista" em filmes de super-heróis como: Thor: O
Mundo das Sombras, Wolverine e o inédito, Logan.
Só que Yost está tão influenciado pela jornada do herói, que aqui ele carrega
todo o clichê e o arco dramático mais previsível que podemos encontrar nessas
histórias. Não há sequer uma tentativa de inovar ou encontrar uma maneira
diferente para a narração, tudo que está ali nós já vimos em diversos filmes,
tudo bem que o público desse filme não vai ligar para isso, mas o grande
problema do longa está em seus diálogos que são horríveis e por diversas vezes
parecem infantilizados à um nível que supera até mesmo o de seu público
alvo. Muitos vão perceber que as tentativas de fazer humor na trama, como a
Marvel faz, só que aqui as tentativas são falhas e em momento algum é
encontrado o tom certo para isso acontecer.
Se o roteiro não ajuda, como podemos esperar que o elenco do filme consiga se
sair bem. A começar pelo nosso protagonista, interpretado pelo ator Ben
Winchell, que parece estar no filme somente para mostrar seu corpo e fazer
caras e bocas com a descoberta de seus poderes. Ele em momento algum consegue
encontrar o tom exato para compor o personagem e isso fica evidente em tela, já
que na maior parte do filme o ator parece estar no piloto automático. As
participações dos veteranos atores, Andy Garcia e Maria Bello é de dar uma dor
no coração, porque eles estão em seus piores momentos (Olha que o Andy Garcia
já fez tanta bomba por aí) na carreira. Bello parece ter saído de uma novela
mexicana e Andy, como o vilão do filme, é sofrível demais e em diversos
momentos somos pegos pensado: Porque!
Se temos algo para destacar e elogiar do filme são os efeitos especiais, esse
sim dignos de uma boa ficção cientifica e conseguem compor um uniforme certinho
e quase idêntico ao do desenho.
Max Steel mesmo tendo
uma série de problemas ao longo da trama, ela consegue fazer com que o público
se mantenha preso na história de Max, talvez o maior problema seja que o
diretor não tenha encontrado o tom certo para o filme. Nem sempre ficar na zona
de conforto, pode ser a melhor solução.
Nota: 5.5/10
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