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Crítica - Goosebumps: Monstro e Arrepios


Histórias de terror sempre despertaram a atenção do público infantil, principalmente por serem contos proibidos devido a pouca idade e isso que chamava mais a atenção deles. Foi então que o inicio dos anos 90 uma série de televisão, inspirada em uma clássica coleção de terror voltada para as crianças, se transformava em uma verdadeira febre.
 
 
Estamos falando sobre: Goosebumps. Imagine encontrar lobisomens, o abominável homem das neves, um inseto gigante, entre outros monstros, era esse o universo que era ambientado a série. Agora anos mais tarde, chega ao cinema uma nova versão para uma nova geração.
 
 
O longa conta a história de Zach (Dylan Minnette) que, junto com sua mãe Gale (Amy Ryan), se mudam de Nova York para a pequena cidade de Greendale. Zach logo após chegar na casa nova tem um breve contato com sua vizinha Hannah (Odeya Rush) e com seu pai (Jack Black), que depois descobrem ser o famoso escritor de livros de terror infantis R.L.Stine. Depois de algumas confusões e mal entendidos Zach e seu amigo Champ (Ryan Lee) em uma tentativa de resgate onde, por acidente, liberam para o mundo real os monstros criados por Stine na sua famosa série de livros Goosebumps, quais estavam trancados em manuscritos protegidos por chaves.
 
 
A direção do longa fica por conta de Rob Letterman, que dirigiu as animações “O Espanta Tubarões” e “ Monstros vs Alienígenas”, além da fraca modernização de “As Viagens de Gulliever”, nos entrega uma direção acertada. Tudo que está aparecendo em tela, todas as cenas são bem conduzidas e não há aquela sensação de ponta solta em momento algum.
 
 
O roteiro do filme em momento algum tenta ser uma adaptação da série ou dos próprios livros. Darren Lemke pega todos os monstros desse universo e a partir deles é criado a história do longa. Se para muitos fãs isso vai ser um motivo de detonar o filme, para outras vai ser uma nova oportunidade de conhecer uma franquia tão antiga e que aos poucos foi caindo no esquecimento.
 
 
O elenco do filme estão todos muito bem. A começar pelo nome mais forte do filme, Jack Black, que desde “Escola do Rock” não está tão a vontade em um papel. O ator consegue estar como o personagem pede: pai canastrão, ranzinza e amedrontador. Seus momentos cômicos são poucos, já que não é característica de seu personagem.
 
 
O trio adolescente formado pelos atores Dylan Minnette, Odeya Rush e Ryan Lee, são a grande atração do filme. Dylan que já havia estrelado filmes como “Alexandre e O Dia Terrível, Horrível, Espantoso e Pavoroso” e os excelentes suspenses “Deixe-me Entrar” e “Os Suspeitos”, prova ser uma grande promessa para os próximos anos em Hollywood. Apesar de não ser o tipo de galã que está presente no cinema, o jovem astro tem carisma e sabe atuar muito bem.
 
 
Odeya Rush, que até então havia feito apenas o excelente drama “ A Estranha Vida Timothy Green”, surge em um papel nada desafiador mas que tem charme, graça e que vai conquistar o público, devido a sua reviravolta com o personagem de Dylan.
 
 
Porém a grande atração do filme é Ryan Lee, que já havia mostrado seu dom pra comédia no ótimo “Super 8”, agora ele rouba praticamente todas as cenas do filme. Impossível não rir com as cenas em que ele protagoniza, porque são todos hilárias.
 
 
Os efeitos visuais do filme estão muito bem produzidos, as criações dos monstro de Stine é algo único. Elas são muito bem construídas e visualmente está tudo tão perfeito. Desde os anões de jardim até mesmo no lobisomem moderno que usa all stars, tudo foi planejado e cuidado com os mínimos detalhes. Outra coisa que não decepciona é a trilha sonora do filme, que conseguem captar bem o ritmo dele.
 
 
“Gossebumps: Monstros e Arrepios” é um dos filmes mais divertidos do ano e promete agradar em cheio a todos, fãs e não fãs da série. Assista com os amigos, com a família ou até mesmo sozinho, porque você não vai se decepcionar durante sua 1h43. E digo mais, preparem-se porque uma nova franquia acaba de começar.
 
Nota: 8.5/10
 

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